O que é ansiedade?

Ansiedade é uma característica natural que todas as pessoas possuem. Pode ser entendida como um sentimento de desconforto, nervosismo ou medo. Estudos demonstram que ela é uma função adaptativa benéfica. Isto é, indivíduos mais ansiosos tendem a ser mais cautelosos contra ameaças do ambiente, além de acumularem mais recursos para manutenção da sobrevivência. A ansiedade é considerada normal quando sua intensidade e duração são adequadas ao contexto ambiental.
Contudo, em algumas pessoas, ela pode estar desregulada, chegando a níveis muito intensos, trazendo um sofrimento ou prejuízo no dia-a-dia da pessoa. Nesses indivíduos, essa ansiedade exagerada se transforma em um transtorno de ansiedade e necessita de tratamento.
Você sabia que?
- Os transtornos de ansiedade são a classe mais comum dos transtornos mentais
- 28% dos adultos relatam algum transtorno de ansiedade ao longo da vida
- A maior parte dos indivíduos apresenta um intervalo de 10 anos ou mais após o início dos sintomas para ter acesso ao tratamento
Médico psiquiatra especialista em ansiedade e pânico
O Dr. Gabriel Takao é médico psiquiatra especialista em ansiedade, com ampla experiência no diagnóstico e tratamento de transtornos ansiosos, ajudando pacientes a superar os desafios que essa condição pode trazer e a recuperar sua qualidade de vida. Ele tem o compromisso de oferecer um atendimento acolhedor, empático e livre de julgamentos, criando um espaço onde você se sinta compreendido e seguro para compartilhar suas preocupações.
Dr. Gabriel possui graduação em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e residência médica em psiquiatria pela mesma instituição. Ele acredita que, com o acompanhamento de um especialista, é possível encontrar estratégias eficazes para gerenciar a ansiedade e viver de forma mais tranquila e equilibrada.
Procurar ajuda é um passo importante e transformador. Permita-se cuidar de você — o Dr. Gabriel está aqui para ajudar.
Veja depoimentos de pacientes que foram atendidos pelo Dr. Gabriel:
Qual a diferença entre ansiedade e pânico?
Tanto a ansiedade quanto o pânico são caracterizados por momentos de maior tensão, medo, preocupação, associados a sintomas físicos (como tensão muscular, dor no peito, taquicardia, formigamento).
Porém, as diferenças estão na intensidade dos sintomas e na ocasionalidade das crises. Na crise de ansiedade, os sintomas são menos intensos e podem surgir reativos a situações lógicas ou eventos bem definidos (o paciente percebe o motivo que gerou a crise).
Já na crise de pânico, os sintomas são mais intensos (o paciente pode inclusive achar que está tendo um infarto ou um derrame e procurar um pronto socorro) e aparecem de forma inesperada, sem motivo.
Quais são os tipos de transtorno de ansiedade?
Os tipos de transtorno de ansiedade se diferenciam quanto ao tipo de objeto ou situação que causam ansiedade. Por exemplo:
- Fobia específica: o medo é em relação a algum objeto específico (como algum animal) ou situação (como por exemplo altura);
- Fobia social (ou ansiedade social): o paciente tem uma maior angústia em situações sociais em que envolve ser avaliado pelo público (como realizar uma palestra);
- Agorafobia: o desespero ocorre em determinadas situações, como estar em um ambiente aberto, estar em um lugar fechado, utilizar o transporte público, ficar em uma multidão;
- Transtorno de pânico: o paciente apresenta crises de pânico com medo de ter novas crises de pânico, acaba alterando seu comportamento por causa disso;
- Transtorno de ansiedade generalizada: ocorre maior ansiedade em mais de um contexto da vida do paciente, como o âmbito pessoal, profissional e social;
Quais as causas do transtorno de ansiedade?
Não existe uma única causa. A etiologia é multifatorial, ou seja, envolve mais de um fator:
- Fatores genéticos: pesquisas demonstram que existe uma predisposição genética para transtornos ansiosos. Estudos com gêmeos comprovam essa associação;
- Influência da personalidade: alguns aspectos da personalidade com temperamento ansioso, baixo resiliência e maior reatividade ao estresse da vida também influenciam no transtorno de ansiedade;
- Desregulação neuroquímica: há diversas comprovações de um desequilíbrio de determinadas substâncias cerebrais (os chamados neurotransmissores, como serotonina, norepinefrina e GABA) em pacientes com transtornos de ansiedade;
- Fatores ambientais: situações de maior estresse (conflitos familiares, problemas financeiros) e eventos de vida traumático (abuso e violência, perda de entes queridos) podem levar a transtornos de ansiedade;
Como saber se tenho algum transtorno de ansiedade?
Se você está se sentindo constantemente preocupado, tenso, ou com dificuldades para controlar pensamentos excessivos, saiba que a ansiedade é uma condição comum, mas tratável. Não está sozinho, e é importante buscar ajuda de um profissional qualificado, como um médico psiquiatra especialista em transtornos de ansiedade, como o Dr. Gabriel Takao. O diagnóstico é um processo cuidadoso que envolve:
- Entender os seus sintomas: O Dr. Gabriel irá conversar com você para compreender o que está sentindo. Alguns sinais que podem ser explorados incluem:
- Preocupações excessivas ou constantes.
- Sensação de nervosismo ou tensão.
- Dificuldade para relaxar ou ficar calmo.
- Fadiga constante ou dificuldades para dormir.
- Sintomas físicos como taquicardia, suor excessivo ou tremores.
- Medos irracionais ou sensação de que algo ruim vai acontecer.
- Avaliar o impacto na sua vida: O Dr. Gabriel precisa saber como esses sintomas estão afetando sua rotina diária: no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos ou até mesmo em atividades simples do dia a dia. Isso ajuda a compreender a gravidade dos sintomas e a melhor forma de tratá-los.
- Excluir outras causas: algumas condições médicas, como problemas hormonais, distúrbios do sono ou até mesmo o uso de substâncias, podem causar sintomas semelhantes aos da ansiedade. Por isso, é essencial investigar se há alguma outra causa subjacente que possa explicar seus sintomas.
- Uso de ferramentas complementares: em alguns casos, o Dr. Gabriel pode utilizar questionários específicos para medir a intensidade dos sintomas. Além disso, esses instrumentos podem ajudar a acompanhar a evolução do quadro ao longo do tratamento.
- Um processo baseado em empatia: o diagnóstico não é apenas uma questão técnica. Ele envolve acolhimento, escuta ativa e compreensão. O Dr. Gabriel irá ouvi-lo com empatia, sem julgamentos, para oferecer o melhor suporte e ajudá-lo a encontrar o tratamento mais adequado para superar os desafios desse transtorno.
Lembre-se: a ansiedade não é uma fraqueza ou algo que possa ser simplesmente “controlado”. É uma condição de saúde que pode ser tratada com o apoio certo. Se você se identificou com esses sintomas, não hesite em procurar um profissional especializado. O primeiro passo pode ser difícil, mas é o mais importante para retomar o equilíbrio e melhorar a sua qualidade de vida.
Posso ter um transtorno ansioso e outro transtorno psiquiátrico?
Sim! Além dos sintomas como preocupação excessiva, medo intenso ou crises de pânico, é comum que outras condições de saúde mental apareçam junto. Isso é o que chamamos de comorbidades – quando duas ou mais condições acontecem ao mesmo tempo, podendo intensificar os sintomas e impactar ainda mais a qualidade de vida.
Se você sente que sua ansiedade está acompanhada de outros desafios emocionais, saiba que não está sozinho. O mais importante é entender o que está acontecendo e saber que existe tratamento para ajudar você a se sentir melhor.
Quais são as principais comorbidades?
- Depressão: É uma das condições mais associadas aos transtornos ansiosos. Muitas pessoas que sofrem de ansiedade também experimentam sintomas de depressão, como tristeza constante, falta de energia e perda de interesse nas coisas que antes davam prazer. Essa combinação pode ser difícil, mas o tratamento certo ajuda a recuperar a motivação e o bem-estar.
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Pensamentos repetitivos e intrusivos, necessidade de repetir certos comportamentos para aliviar a angústia… Se isso soa familiar, pode ser que sua ansiedade esteja associada ao TOC. O tratamento pode ser mais desafiador, com doses mais altas das medicações.
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): Dificuldade para se concentrar, esquecer compromissos e se sentir inquieto o tempo todo também podem estar ligados ao TDAH. Em adultos, essa condição pode se manifestar junto com uma tensão persistente, tornando o dia a dia mais desafiador.
- Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT): Se você passou por um evento muito difícil e, desde então, se sente mais ansioso, tem dificuldades para dormir ou revê aquela experiência constantemente, o TEPT pode estar presente.
- Transtornos Alimentares: O medo e a preocupação exagerada podem influenciar na forma como nos relacionamos com a comida, levando a episódios de compulsão alimentar ou a uma atenção excessiva ao peso e à imagem corporal.
- Uso de álcool e outras substâncias: Algumas pessoas tentam aliviar o nervosismo consumindo álcool ou outras substâncias, mas isso pode acabar piorando os sintomas e trazendo outros problemas de saúde.
- Sintomas físicos e doenças psicossomáticas: Além do impacto emocional, a ansiedade também pode se manifestar no corpo, causando dores musculares, enxaqueca, problemas gastrointestinais e até alterações na pressão arterial.
Qual o tratamento para os transtornos de ansiedade?
É necessário uma abordagem que envolva múltiplas modalidades de tratamento, como:
- Medicamentos: há dois tipos de medicamentos utilizados
- Tratamento a curto prazo: uso de medicações que irão aliviar as crises de ansiedade e crises de pânico – não podem ser utilizados sem o tratamento a longo prazo;
- Tratamento a longo prazo: uso de medicações que demoram algumas semanas para terem efeito. Geralmente utilizamos os antidepressivos – há diversas classes, como inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), tricíclicos, multimodais;
- Psicoterapia: há diversos tipos, como a psicanálise, a terapia cognitivo comportamental, terapia de exposição, mindfullness, dentre outras;
- Mudanças no estilo de vida: realização de atividade física regular, alimentação saudável, redução do consumo de cafeína, álcool e cigarro, ter uma rotina de sono adequada;
Ansiedade no Dia a Dia: Dicas para Lidar Melhor com os Sintomas
Se você tem sentido o coração acelerado, uma inquietação difícil de explicar ou aquela sensação constante de sobrecarga, saiba que não está sozinho. Esses sentimentos podem ser desafiadores, mas existem formas de lidar melhor com eles e trazer mais leveza para a sua rotina.
Além do apoio profissional, algumas mudanças no dia a dia podem ajudar a acalmar a mente e o corpo. Pequenos passos já fazem diferença, e você merece esse cuidado.
- Respire com Calma: Quando a tensão aparece, a respiração pode ficar curta e acelerada, intensificando o desconforto. Tente inspirar lentamente pelo nariz, contando até quatro, segure o ar por alguns segundos e solte pela boca de maneira controlada. Essa prática simples pode trazer uma sensação imediata de alívio.
- Movimente-se no Seu Ritmo: Exercícios físicos são aliados poderosos do bem-estar, mas isso não significa que você precisa se esforçar além do que consegue. Caminhadas ao ar livre, alongamentos ou até dançar ao som da sua música favorita já ajudam a trazer mais equilíbrio para o corpo e a mente.
- Priorize um Sono Restaurador: Dificuldades para desligar os pensamentos podem afetar o sono, e isso acaba impactando todo o resto. Criar um ritual noturno pode ajudar: reduza o uso de telas antes de dormir, prefira um ambiente mais tranquilo e tente manter horários regulares para descansar melhor.
- Proteja-se do Excesso de Informação: O fluxo constante de notícias e redes sociais pode aumentar a sensação de angústia. Se perceber que certos conteúdos estão te deixando mais tenso, experimente diminuir a exposição e reservar momentos do dia para se desconectar.
- Resgate Pequenos Prazeres: No meio da correria, é fácil esquecer do que realmente faz bem. Tente incluir na sua rotina atividades que te tragam alegria, como ouvir música, ler um livro ou simplesmente tomar um café com calma. Cuidar de você não é um luxo – é uma necessidade.
- Acolha Seus Pensamentos: Preocupações podem tomar conta da mente e criar cenários que nem sempre correspondem à realidade. Quando isso acontecer, pergunte-se: “O que eu posso fazer neste momento?” Se não houver uma resposta imediata, respire fundo e tente focar no agora. Você não precisa ter todas as respostas de uma vez.
- Você Não Precisa Passar por Isso Sozinho: Se esses desafios estão dificultando o seu dia a dia, buscar ajuda pode ser um grande passo para recuperar a tranquilidade. Conversar com um profissional pode trazer mais clareza sobre o que você está sentindo e te guiar no caminho do cuidado com a sua saúde mental.
Veja mais depoimentos de pacientes atendidos pelo Dr. Gabriel:
Fontes:
https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/ansiedade
MIGUEL, Euripedes Constantino; LAFER, Beny; ELKIS, Helio; FORLENZA, Orestes Vicente. Clínica psiquiátrica: fundamentos: as grandes síndromes psiquiátricas. 2. ed. v. 2. Barueri: Manole, 2020.
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